segunda-feira, 30 de abril de 2012

Relato de aula - 2 - Brinquedos e brincadeiras: música e ludicidade


Nessa aula o Estevão nos brindou com sua técnica para tocar colheres, da qual que ele já havia nos dado uma palhinha na aula anterior. Ele trouxe sua coleção, que é tão grande que deu para cada um ficar com um par e ainda sobrou!

Fizemos vários ritmos, acompanhamos diversas canções, sempre utilizando colheres. Andamos pela sala tocando e cantando, e também fizemos alguns exercícios sentados pois utilizamos a coxa para tocar (pa-ca-pá / po-co-pó).

Ele também nos contou, e mostrou, como as colheres também são utilizadas em outros país como instrumento musical. Foi muito bom!

Também aprendemos a versão original da brincadeira do pão, que é do Japão!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Relato de aula - 1 - Brinquedos e brincadeiras: música e ludicidade

Oficina com Estevão Marques e Chico dos Bonecos.

- Cantamos "A árvore da montanha";

- Exploramos os sons das palmas;
- Percussão corporal com os nomes:
Célia
Pélia
Mélia
Dimofélia
Seragotélia
(Sons: peito, peito, peito, estalo, coxa, coxa, peito-peito, palma-palma)

- Iapo (Palavra Cantada);
- Explicação sobre a associação dos ritmos com palavras. Isso facilita muito a execução.
- Exercício rítmico em trio, que pode ser associado com a música "O sapo não lava o pé":

1 - Esquerda - direita - cooxa
2 - Direita - coxa - esquerda
3 - Coxa - esquerda - direita

- História (hilária) da Janaina, com Chico dos Bonecos;
- "Fome-come" (copos):
     * Escravos de jó;
     * "Para começar pega copo, pra depois poder girar (passar)"
- Pão:

Todo dia o padeiro faz o pão
faz o pão, faz o pão
Faz, faz, faz, faz, faz o pão
Todo dia o padeiro amassa o pão
amassa o pão, amassa o pão
Amassa, amassa, amassa, amassa, amassa o pão

ESSA FOI UMA DAS AULAS MAIS DIVERTIDAS! ADOREI!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Relato de aula - 3 - Pesquisa sonora e improvisação

A professor Enny solicitou que trouxessemos nossos próprios instrumentos para realizar a atividade. Dessa forma, tivemos o Isaac como seu trompete, a Carol com o violoncelo, o Teco com o contrabaixo, a Jéssica com a flauta-transversal, a Cássia com seu berimbau, o Thiago e o André com violões (sem bem me lembro!), e outros que agora não me vêem à lembrança. Aqueles que não trouxeram, ou pegaram emprestado ou escolheram alguns daqueles que ficam na sala, como xilofones, metalofones, tambores, etc.

Ela propos um tema na flauta, e todos tocamos utilizando os instrumentos que tinhamos. Tocamos de várias formas, inclusive interrompendo o ostinato para a realização de solos, diálogos, etc. Em alguns momentos a proposta não foi atendida, por vários motivos: alguns que não entenderam a proposta, outros que não percebiam quando os instrumentos de sons mais fracos estavam solando, e aqueles que nem sempre se concentram para estarem integrados e sintonizados no grupo. Conversamos sobre esses problemas e até repitimos algumas propostas. Na repetição o resultado sempre era melhor. Ou seja, é muito produtivo conversar, discutir, analisar o trabalho realizado.

Outro exercício que a Enny propos foi a de produzirmos uma textura rarefeita com os sons dos instrumentos, e aos poucos aumentarmos a densidade até atingir um ponto máximo. Nesse momento teríamos de silenciar, para a entrada de um solo. Quando o grupo achasse conveniente, o solo seria interrompido pela massa sonora, que aos poucos iria se rarefecer novamente, até chegar ao silêncio. Também tivemos que repetir duas vezes essa porposta, pois houve muita dificuldade em aumentar a densidade aos poucos, e principalmente em rarefecer aos poucos. Entretanto, até achei que o grupo estava, de certa forma, sincronizado, pois paramos juntos e retomamos juntos também a textura de pontos.

Na segunda parte da aula nos separamos em grupo para sonorizarmos um quadro. Foi muito, mas muito bonito mesmo o resultado, tanto do nosso grupo como dos demais. No nosso caso, escolhemos a paisagem do mar, com um barco ao fundo e uma gaivota.

Relato de aula - 6 - Didática da prática instrumental - Flauta

Coordenação motora
- Brincadeira de dança e sopro com tecidos;
- Música La Morenada utilizando tecidos;
- Cantando e dançando: Tá caindo fulô;
- Cantando e dançando: Tô fazendo uma farinhada;
- Cantando e dançando: Balanço da peneira;
- Música Caranguejinho.

Brincadeira de Roda
- Brincadeira de dança e sopro com tecidos;
- Música La Morenada utilizando tecidos;
- Cantando e dançando: Tá caindo fulô;
- Cantando e dançando: Tô fazendo uma farinhada;
- Cantando e dançando: Balanço da peneira;
- Música Caranguejinho.

Técnica de flauta doce (respiração, digitação)
- Revisão de diversas músicas tocadas nas aulas anteriores;
- Blues dos mosquitos;
- Caranguejinho.

Improvisação
- Brincadeira de dança e sopro com tecidos;
- Cantando e dançando: Tá caindo fulô;
- Cantando e dançando: Tô fazendo uma farinhada;
- Cantando e dançando: Balanço da peneira;
- Revisão de diversas músicas tocadas nas aulas anteriores.

Parâmetros do som (altura, duração, intensidade, timbre)
- Revisão de diversas músicas tocadas nas aulas anteriores;
- Brincadeira de dança e sopro com tecidos;
- Música La Morenada utilizando tecidos;
- Cantando e dançando: Tô fazendo uma farinhada.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Relato de aula - 2 - Pesquisa sonora e improvisação

Acredito que não tenha uma aula da pós que não me faça, além de melhorar minha prática pedagógica, e além de me fazer lançar um olhar crítico sobre o meu trabalho, também voltar para dentro de mim mesma, percebendo minhas limitações, meus bloqueios, e assim me fazer questionar o porquê de tais sentimentos.

Adoro as atividades expressivas que a professora Enny propõe. Me sinto livre, a vontade para participar, por exemplo, da atividade de aquecimento que ela conduziu hoje, que era falar uma frase com gestos expressivos. Também gostei muito de andar pela sala de olhos fechados, junto com os colegas, procurando sentir o espaço sonoro e fisico, dizendo frases e palavras aleatórias. É uma experimentação que me faz muito bem.

Mas quando o negócio é contar uma história, fico travada! É interessante, pois adoro falar, adoro relatar algo que aconteceu aos meus amigos. Só que quando se trata de fazer isso de forma expressiva, pode ser uma piada ou uma fábula, perco o chão!

A Enny nos entregou alguns livros, e tínhamos que escolher algum trecho para ler de forma expressiva. Adoro ouvir os meus colegas, e tenho até uma visão critica bem aguçada. Mas quando chegou minha vez fiquei super nervosa, sem saber o que fazer. Mesmo quando a professora solicitou que contássemos a história novamente, utilizando instrumentos para fazer a sonorização, achei que não ficou legal minha interpretação. Será que um dia eu consigo resolver esse problema? Snif!

Também fizemos a sonorização do filme 
For the Birds, da Pixar, utilizando flauta-doce.

Relato de aula - 5 - Didática da prática instrumental - Flauta

Concentração
- Sonorizando a história da coruja;
- A história da coruja e dos anões.

Sonorização de histórias
- Sonorizando a história da coruja.

Rítmica
- Trabalhando com o som dos palitos (hachi).

Brincadeira de Roda
- A história da coruja e dos anões.

Técnica de flauta doce (respiração, digitação)
- Músicas Chuva miúda, Melodia Russa, Melodia Chinesa, A Coruja, Canto do Povo, Eu morava na areia, sereia, Duas Cirandas, Catira do Passarinho.

Improvisação
- Brincando com o som do papel;
- Sonorizando a história da coruja

Parâmetros do som (altura, duração, intensidade, timbre)
- Trabalhando com o som dos palitos (hachi);
- Brincando com o som do papel;
- Sonorizando a história da coruja

A flauta doce no ensino de música nas escolas: análise e reflexões sobre uma experiência em construção

Comentários sobre o texto "A flauta doce no ensino de música nas escolas: análise e reflexões sobre uma experiência em construção", de Jusamara Souza, Liane Hentschke e Viviane Beineke, publicado na revista Em Pauta


 

Achei muito interessante a iniciativa das pesquisadoras em sanar uma deficiência que existe na literatura de flauta doce: um método que compreenda turmas maiores dos cursos de 1º e 2º graus. Com a inclusão do ensino de música no curriculo de artes, e com o aumento do número de escolas que desenvolvem projetos específicos para a área da música, tais métodos seriam muito bem vindos.

Ensino instrumentos de sopros da família dos metais para grandes grupos há alguns anos. Já utilizo algumas experiências que foram relatadas no texto, como dividir a turma em pequenos grupos para melhor aproveitamento e percepção da sonoridade individual. Entretanto, como o objetivo do meu trabalho é a formação dos alunos para a participação num grupo artístico, e tendo em vista a complexidade de se produzir as notas num instrumento de bocal, acredito que fico demasiado tempo praticando as técnicas e procurando fazer com que os alunos alcancem as diversas notas da escala do instrumento, para depois começarmos a prática de repertório.

Através dessa leitura, conectando com demais assuntos discutidos durante o curso, consegui vislumbrar possibilidades de se trabalhar o repertório mesmo com alunos muito iniciantes. Principalmente no que tange aos arranjos a duas vozes.

Também pude perceber que estou no caminho certo quanto a minha posição de professora, sempre questionando meus próprios métodos e procurando aperfeiçoar cada vez mais minhas técnicas e didática.


RESUMO DO TEXTO



-  A maioria dos métodos de flaut doce propõe uma coletânea de repertório organizada progressivamente em relação à dificuldade técnica.
- A obra de Akoschky e Videla diferencia-se das demais por vincular o ensino instrumental com conhecimentos e experiências musicais mais amplas.
- São raras as propostas de ensino de flauta doce direcionada a aulas de música em escolas de 1º e 2º graus, com turmas formadas por mais de 20 alunos que não optaram em aprender a tocar esse instrumento.
- O texto oferece a aplicação de uma proposta de ensino coletivo do instrumento.
- A metodologia selecionada foi a pesquisa-ação, a qual envolve sempre um plano de ação baseado em objetivos, processo de acompanhamento e controle da ação planejada e no relato desse processo, sendo centrado da figura do professor/pesquisador.
- O projeto foi desenvolvido com uma turma de 22 alunos da 3ª série do 1º grau, na faixa de 8 a 9 anos de idade, durante o ano letivo de 1996.
- Na execução do repertório, os alunos foram incentivados a explorar diversas formas de interpretação, através da utilização de articulações, andamentos e dinâmicas variadas.
- A introdução de uma peça nova foi trabalhada tanto por imitação como a partir da leitura de partitura.
- Em alguns casos, o ritmo e a melodia foram solfejados separadamente.
- No início da aula, solicitava-se que os alunos colocassem as suas idéias sobre os temas tratados, o que possibilitou que se partisse do conhecimento prévio dos alunos.
- Preocupação com a integração entre as atividades de composição, execução e apreciação musical.
- Quanto à digitação das notas na flauta, foram introduzidas simultaneamente as notas dó4 e lá3, conforme sugere Frank (1980). Entretanto, verificou-se que a sonoridade poderia ter sido melhor resolvida com a introdução de apenas uma nota de cada vez, como sugere Videla e Akoschky (1967), Rocha (1986) e Tirler (1976), por conta do grupo numeroso.
- A quantidade de alunos na turma dificulta o controle da sonoridade produzida individualmente. Esse problema foi diminuido nos trabalhos em pequenos grupos.
- Em relação à escrita musical, percebeu-se uma certa resistência dos alunos em utilizá-la. Do ponto de vista dos alunos, a atividade de tocar parece ser mais significativa e prazeirosa do que a de escrever.
- Diversidade de interesses dos alunos em relação ao estudo de flauta. As diferenças entre os alunos, em relação ao dompinio instrumental, aumentaram significativamente a sua autocrítica. Percebe-se a idéia de que a escola "não é lugar para se errar".
- Quatro categorias de repertório foram utilizadas: peças para execução instrumental e/ou vocal; canções folclóricas para serem arranjadas pelos alunos, as suas próprias composições e gravações para atividades de apreciação musical.
- Melodias trabalhadas em partes / vozes, construídas paenas com uma ou duas notas, facilitando o controle da sonoridade e da emissão, sem prejudicar o resultado musical.
- Também trabalhou com ostinatos tocados pelos alunos com melodias mais complexas executadas pela professora.
- Enfase no ensino de música, ao invés do foco no ensino do instrumento.
- Importância da figura do professor/pesquisador. "A prática cotidiana do professor é um desafio permanente que resiste a fórmulas, modelos, soluções externas, e um convite para um ensino criativo, experimental e para uma pesquisa na ação".