segunda-feira, 26 de março de 2012

Sonorização de histórias

Comentários sobre o texto "Sonorização de histórias", publicado no livro Musica na Educação Infantil, de Teca Alencar de Brito


Tenho pouquissima experiência na contação de histórias. Nas vezes que fiz com os alunos pequenos, até tive uma boa performance, mas é algo que ainda me deixa um pouco desconfortável.

De qualquer forma, acredito que seja uma ótimo método de trabalhar a musicalização infantil.



RESUMO DO TEXTO

- A importância da história no cotidiano da criança é inquestionável.
- Ouvindo e, depois, criando histórias, elas estimulam sua capacidade inventiva, desenvolvem o contato e a vivência com a linguagem oral e ampliam recursos que incluem o vocabulário, as entonações expressivas, as articulações, e a musicalidade da própria fala.
- Mesmo para os bebês e crianças pequenas, é importante ouvir alguém que conta ou narra algo.



Relação músicalização/histórias:

- Fazer música é, de uma maneira ou de outra, ouvir, inventar e contar histórias.
- Tornar mais expressivas e sonoras as histórias, ainda que usando apenas a voz.
 - Narrar a história com voz clara e limpa, valorizando cada parte por meio de mundanças de entonação: usando a voz em seu registro mais grave ou mais agudo, dependendo da situação, com maior ou menor intensidade, variando a velocidade da narrativa ou das palavras, etc...
- Analisar previamente a história com a qual se pretende trabalhar, para valorizar e destacar os momentos mais importantes.
- Trabalhar com histórias não muito longas, com textos simples, que permitam que se dê atenção à sonorização.


- Pesquisar e experimentar os mais diversos sons vocais: imitar as vozes de animais, o barulho da água, do trovão, o som dos instrumentos musicais, o ruído de portas abrindo ou fechando, o ronco de motores, etc.
- Explorar os sons produzidos com o corpo: batendo palmas de diferentes maneiras, batendo nas pernas, no peito, batendo pés, produzindo estalos, etc.
- Sonorizar histórias usando objetos e materiais sonoros, aproximando-se dos recursos empregados nas antigas radionovelas.
- Descobrir que materiais usar é tarefa a ser desenvolvida em conjunto, quando as crianças já tem maturidade para isso.
- Instrumentos musicais também podem ser utilizados para o desenvolvimento das atividades com histórias.
- Instrumentos de percussão são muito apropriados, assim como pios de pássaros, flautas de êmbolo, etc.
- Ao trabalhar com crianças muito pequenas, o educador pode contar a história e fazer ele mesmo a sonoplastia. Podendo, inclusive, ser uma maneira de apresentar os instrumentos.
- Pode-se também vontar a história enquanto outra pessoa faz a sonorização. Se a pessoa que toca não aparecer logo da primeira vez, estaremos estimulando a atenção e a curiosidade dos bebês e crianças com relação aos sons que ouvem.
- Outra variação: com crianças de mais de três anos, pode-se incluir o exercício do reconhecimento das fontes sonoras que foram usadas em cada momento da história.
- Convém classificar os diferentes modos de tocar para produzir os efeitos sonoros.
- Também é possível utilizar uma história ou situação para realizar uma improvisação ou composição musical. Exemplos de histórias: Café da manhã, Branca de Neve, O Carangueijo Surfista.

Jogos de improvisação

Comentários sobre o texto "Jogos de improvisação", publicado no livro Música na Educação Infantil, de Teca Alencar de Brito.

Há pouco tempo que venho participando de exercícios de improvisação. Apenas através das aulas no ateliê da professora Enny Parejo e das aulas na Faculdade Cantareira que tive acesso a essa linguagem.

Ainda sinto um pouco de nervosismo quando chega a "minha vez" de improvisar durante uma prática. Fico muito mais tranquila quando tenho que reproduzir algo que está escrito na partitura. Ao mesmo tempo, gosto muito de participar desses exercícios. É uma sensação de liberdade muito boa de ser sentida. Uma liberdade controlada, é fato.

Como mencionei numa postagem anterior, tenho praticado esses exercícios com meus alunos. Utilizo o formato de diálogos, que me parece mais próximo da minha compreenção, e da compreenção deles no que diz respeito à mensagem que uma música pode passar. E até mesmo para ajudar futuramente na análise de frases das músicas.

Tenho mesclado esses exercícios com o ensino convencional da notação musical. Tem surtido um resultado muito bom, tanto para dar um descanso da teoria para eles, como para formar músicos bem menos travados que a professora!



RESUMO DO TEXTO

- Improvisar, num sentido geral, implica criar respostas imediatas para as mais variadas situações da vida cotidiana.
- Para imrpovisar, é necessário articular o pensamento, as idéias e as ações; conhecer e contar com um repertório de informações a respito do assunto; estar alerta, animado, com iniciativa e criatividade para relacionar, fazer, inventar.
- Improvisar envolve uma série de capacidades, não se limitando a realizações superficiais, sem planejamento ou organização.
- Ao improvisar, o músico estabelece critérios baseados em referenciais externos e internos. Com base em suas experiências, ele seleciona o material com que irá trabalhar durante a improvisação, surgem idéias musicais que se transformam e amadurecem.
- Improvisar é um dos modos de realização musical, ao lado da interpretação e da composição.
- Independe da notação e não tem como meta a perpetuação, mas sim a comunicação imediata.
- No ensino musical acadêmico é valorizado sobremaneira o compositor e o intérprete, havendo pouquissimo espaço para a improvisação. Não é raro, ainda hoje, encontrar instrumentistas que, capazes de interpretar peças musicais complexas, sentem grande dificuldade para improvisar.
- Segundo Gainza, a improvisação é uma forma de jogo-atividade-exercício que permite projetar e absorver elementos ou alimentos musicais numa constante retroalimentação. Na improvisação existem distintos graus de intenção ou de consciência que nem sempre condicionam a qualidade do produto, já que uma improvisação - livre ou dirigida - pode ser criativa ou pobre, bem ou mal estruturada.
- A improvisação deve ser entendida como uma ferramenta pedagógica importante, que acompanha todo o processo de educação musical.
- Hans-Joaquim Koellreutter, adverte que "nada deve ser tão preparado como uma improvisação", alertando para a confusão entre improvisar e "fazer qualquer coisa" (o que ele chama de "vale-tudismo").
- Um jogo de improvisação pode trabalhar, além do desenvolvimento rítmico, por exemplo, algumas capacidades humanas, como a concentração, a autodisciplina, o trabalho em equipe, a criatividade, a memória e o senso crítico, entre outras questões.
- Por meio dos jogos de improvisação, as crianças de expressam musicalmente e dão aos educadores a oportunidade de observar e analisar como elas ouvem e percebem, como se relacionam com os materiais sonoros, se criam melodias, se mantêm um pulso regular, se exploram diferentes níveis de intensidade do som, etc.

Relato de aula - 3 - Didática da prática instrumental - Flauta

Coordenação motora
- Cantiga de roda "Ói o peixe...";
- Cantiga "Uatatá";
- Cantiga "Dois por dez".

Concentração
- Cantiga de roda "Ói o peixe...";
- Cantiga "Uatatá";

- Cantiga "Dois por dez".
Rítmica
- Cantiga de roda "Ói o peixe...";
- Cantiga "Uatatá";

- Cantiga "Dois por dez".
Brincadeira de Roda
- "Ói o peixe que nadou na beira d'água, oi piaba";
- "Ua Ta Ta, Ua Ta Ta, Guli Guli Guli Guli, Ua Ta Ta;. Ua Ta Ta, Ua Ta Ta, Guli Guli Guli Guli, Ua Ta Ta;. Auê Auê, Guli Guli Guli Guli, Ua Ta Ta";

- "Hot cross buns! Hot cross buns! One a penny two a penny! Hot cross buns!";- Pisão no pé do amigo.

Técnica de flauta doce (respiração, digitação)
- Relaxamento Novo Ovo Novo;
- Cânone de respiração;



- Músicas: Sombra, Dois por Dez, Bem te vi, Chuvinha cai, Serra serra, Bambalalão.

Sonorização de histórias
- Músicas Sombra, Chuvinha Cai, Quem te ensinou a nadar.

Improvisação
- Jogos de improvisação.

Parâmetros do som (altura, duração, intensidade, timbre)
- Cantiga de roda "Ói o peixe...";
- Cantiga "Dois por dez".

segunda-feira, 19 de março de 2012

La flauta dulce

Comentários sobre o texto "La flauta dulce", publicado no livro Musica para niños (original: Musik für Kinder, do compositor alemão Carl Orff e Gunild Keetmann).

Sou instrutora de instrumentos de sopro da família dos metais há cerca de 17 anos. Algo que sempre me faz pensar a respeito de articulação é a utilização de sílabas com a letra "T", seja "tá" ou "tu". Aprendi a articular no trompete com a sílaba "tá". Depois de alguns anos, com o estudo mais aprimorado, recebi a informação de que se obtem um som melhor utilizando-se a sílaba "dá".

Já participei de vários cursos, já li vários métodos, e ora recomendam a letra "t", ora a letra "d". Recentemente fiquei pensando: "será que é algo que ocorre na tradução dos métodos?".

Qual não foi minha surpresa ao ler neste texto a recomendação da sílaba "du", sendo que no texto que lemos anteriormente, "Técnica de execução" (publicado no livro Iniciacion à la flauta dulce, Judith Akoschky e Mario A. Videla), visivelmente baseado no livro de Carl Orff, sugeria a sílaba "tu". Consultei a versão em espanhol do livro Iniciacion à la flauta dulce: igual à versão em português, sugerindo a sílaba "tu".

Será que são somente vertentes diferentes de ensino?

No mais, o texto de Carl Orff é muito bom, principalmente no que diz respeito aos exercícios de respiração, às observações sobre a importância da boa qualidade do instrumentos e a prática em conjunto, me auxiliando não somente no ensino de flauta doce, mas também para os demais instrumentos de sopro.




RESUMO DO TEXTO

- A flauta doce exerce um encanto especial sobre as crianças.
- A idade ideal para iniciar o estudo desse instrumento é a partir dos 7 anos, pois antes disso as mãos das crianças são pequenas demais e seus dedos não conseguem tapar corretamente os furos.
- A flauta doce é o instrumento menos simples quando falamos de prática musical com crianças, pois para tocá-la é necessária uma técnica que, mesmo que elementar, só irão adquirir depois de algum tempo de preparação.
- A primeira dificuldade encontrada no aprendizado de flauta doce é a respiração.
- Depois de superados os primeiros exercícios, o aluno tentará reproduzir no instrumento as músicas que ele já canta na escola. Isso é algo que pode ser usado a favor do desenvolvimento auditivo.
- Introduzir algumas noções elementares de solfejo, tomando o cuidado de fazer com que o descobrimento do solfejo seja uma necessidade, e não algo imposto.
- Sincronizar o movimento de cada um dos dedos com a articulação do ar.
- Cada som se articula suavemente com a lingua, sem que essa toque os dentes, muito menos a embocadura.
- Para articular os sons, pronunciar a sílaba "du".
- Os primeiros exercícios de respiração devem consistir em inspirar rapidamente e soltar lentamente. Aos poucos os alunos vão adquirir maior capacidade para controlar o ar.
- A oitava mais grave da flauta doce coincide com a tessitura de voz das crianças. Portanto, não é necessário num primeiro momento praticar a oitava mais aguda, até mesmo por que sua técnica é mais complicada.
- Deve-se procurar instrumentos de boa qualidade e com boa afinação. Afinal, disso depende a formação ou deformação da acuidade auditiva dos alunos.
- Quando se estiver tocando em grupo, ajustar os instrumentos para se obter uma afinação coletiva. Se todas as flautas forem da mesma marca, ajudará na obtenção dessa afinação.
- Deve-se fazer a afinação após alguns minutos de prática, de forma a garantir que todos os instrumentos estejam aquecidos.
- Mesmo que as crianças conheçam todas as posições da primeira oitava, é recomendável exercitar primeiramente as notas sol-la-si-do, que correspondem a mão esquerda, por serem mais fáceis.
- Para a prática conjunta de flauta e movimento, é recomendável utilizar músicas e movimentos que não alterem o ritmo de uma respiração normal e pausada.
- Ao se utilizar a flauta doce dentro de um grupo com vários instrumentos, deve-se ser cuidado com a sonoridade e a quantidade de músicos para equilibrar o som do grupo com as flautas.

Técnica de execução

Comentários sobre o texto "Técnica de execução", publicado no livro Iniciacion à la flauta dulce, de Judith Akoschky e Mario A. Videla

Quando vou ensinar alguém a tocar um instrumento musical, fico preocupada principalmente com a respiração, a postura do corpo e a técnica. Afinal, infelizmente, é muito comum que os alunos adquiram "vícios" durante o aprendizado, que serão dificilmente corrigidos depois de algum tempo de prática incorreta.

Ao mesmo tempo, acredito que devemos dosar esses cuidados aos poucos, para que o aluno não fique "bloqueado" com tantos "não faça isso, não faça aquilo"! Também acredito que seja muito importante fazer analogias e ilustrações para passar essas técnicas. Por exemplo: respiração - "inspirar o ar como se estivesse sentindo um perfume bem gostoso"; embocadura - "dar um beijinho na flauta"; golpe de lingua - pedir aos alunos para tentar falar sem usar a lingua, de forma a perceber a importância da articulação.

O texto "Técnica de execução" é muito interessante, pois expõe esses cuidados de forma clara e objetiva.

RESUMO DO TEXTO

- É de fundamental importância adquirir desde o começo da aprendizagem uma técnica de execução correta.
- Respiração: o seu controle é a base para a boa emissão e qualidade do som. Deve ser tranquila e livre de tensões, principalmente nos ombros e pescoço. Na execução musical, a respiração está determinada pelo fraseado, devendo-se, para não interrompê-lo, respirar nos momentos corretos.
- Postura do corpo: o posicionamento correto do corpo é condição indispensável para uma boa execução. Atenção especial aos cotovelos, que devem estar ligeiramente afastados do corpo, e à posição da flauta, que deve ser mantida num ângulo entre 45 e 60 graus do corpo.
- Posição dos dedos: estes devem tapar completamente os orifícios, sem curvá-los, utilizando a polpa do dedo. Os alunos devem sentir pelo tato que os orifícios estão bem cobertos.
- Posição dos lábios: apoiar a flauta naturalmente sobre os lábios. Estes se fecham ajustando-se à ponta superior da mesma, sem que se contraiam.
- Golpe de língua: emitir cada nota como se pronunciasse a sílaba "tu".
- Afinação: para afinar, será usado como referência a nota "lá" produzida pela flauta mais baixa. Para ajustar a afinação do instrumento, deve-se juntar ou separar a embocadura do corpo da flauta.
- Cuidados com o instrumento: enxugar a flauta após o uso; limpar/secar o canal de ar com uma tira de papel absorvente; não expor a flauta a mudanças bruscas de temperatura; guardá-la após o uso em um estijo ou saco de pano; ao abrir ou fechar a flauta, girar um das partes para não rachar o material; manter das juntas untadas com vaselina.

Relato de aula - 2 - Didática da prática instrumental - Flauta

Coordenação motora
- Cantiga de roda Bambu Tirabu.

Concentração
- Cantiga de roda Bambu Tirabu;
- Produzir o som de acordo com o comprimento das fitas, tampinhas, pauzinhos (subindo ou descendo).

Rítmica
- Produzir o som de acordo com o comprimento das fitas, tampinhas, pauzinhos (subindo ou descendo).

Brincadeira de Roda
- "Bambu tirabu aroeira mantegueira, tirará fulano para ser bambu".

Técnica de flauta doce (respiração, digitação)
- Bolhinha de sabão / canudinho com articulação.
- Acompanhamento de musica com tutti e solista utilizando a nota si;
- Improvisação utilizando as notas la e si (Professora faz frase com duas notas. 1) os alunos cantam com nome da nota / 2) os alunos cantam fazendo digitação / 3) os alunos tocam)

Improvisação
- Acompanhamento de musica com tutti e solista utilizando a nota si;
- Improvisação utilizando as notas la e si.

Parâmetros do som (altura, duração, intensidade, timbre)
- Atividade com flauta de embolo;
- Exploração de sons com as partes da flauta;
- Cantiga de roda Bambu Tirabu;
- Produzir o som de acordo com o comprimento das fitas, tampinhas, pauzinhos (subindo ou descendo);

Escrita
- Partitura não convencional / grafia espotânea;
- 3 grupos para composição e registro

- Produzir o som de acordo com o comprimento das fitas, tampinhas, pauzinhos (subindo ou descendo);

Leitura
- Produzir o som de acordo com o comprimento das fitas, tampinhas, pauzinhos (subindo ou descendo);
- Ditado com sons agudos e graves (tampinhas e palitos, para baixo ou para cima).

segunda-feira, 12 de março de 2012

Pesquisa de sons

Comentários sobre o texto "Pesquisa de sons", publicado no livro Koellrreuter Educador, de Teca Alencar de Brito

No projeto que a Fanfarra de Caieiras realiza nos bairros do município, um dos momentos mais importantes é a escolha por parte do aluno do instrumentos que ele irá escolher para aprender. Apesar de abrirmos um espaço para a experimentação antes dessa decisão, sempre foi algo que me causou uma série de dúvidas quanto à metodologia. Afinal, muitos alunos escolhiam a percussão, somente por acharem que são instrumentos mais fáceis de se tocar.

Neste ano, fiz algo diferente. Utilizei o exercício proposto pelo texto da Teca Alencar, com pinceladas das atividades realizadas também na aula de métodos ativos da professora Enny Parejo:
- os alunos se sentaram em roda.
- ao centro, coloquei alguns instrumentos de percussão (agogô, claves, triângulo, etc.) e uma série de instrumentos de fanfarras: cornetas, cornetões, caixas-claras, bumbos, surdos, pratos A2.
- solicitei que cada um escolhesse um instrumento.
- todos teriam 1 minuto para explorar todas as possibilidades de sons que o instrumento oferecia.
- após esse tempo, fizemos uma rodada do que chamei de diálogos musicais.
- nesse diálogo, metade da roda faria uma "pergunta", e a outra metade daria uma "resposta", utilizando-se os instrumentos e as sonoridades neles encontradas, tomando-se, claro, muito cuidado com a integridade física do instrumento!
- Combinamos as duplas de pergunta/resposta, lembrando que a "deixa" para se dar a resposta, ou para o próximo fazer a sua pergunta, seria o silêncio.
- Após terminada a rodada de perguntas/respostas, tinhamos que trocar de instrumento, passando-o para o amigo da esquerda, para recomeçar o processo a partir da experimentação.
- A cada rodada, trocávamos as pessoas que faziam as perguntas e respostas.

Foi muito divertido e expressivo. Os alunos gostaram muito e, para minha surpresa, a maioria acabou por escolher os instrumentos de sopro para aprender.

 

RESUMO DO TEXTO

- "A ênfase na utilização dos materiais sonoros também torna possível distinguir períodos da história da música ocidental:" ftegmática - música modal, predominantemente vocal; clagal - predominantemente instrumental; psofal - relativo a qualquer som articulado (som, ruído ou mescla).
- Estamos na fase psofal.
- Importante estimular a pesquisa e produção de timbres não-convencionais nos instrumentos.
- O som produzido dependerá dos seguintes itens: material, articulação, agente musical, lugar onde se produz o som e técnicas empregadas.
- Definição de um modelo de improvisação.
- Possibilidades de se executar esse modelo de diferentes formas, utilizando voz, flauta-doce, outros instrumentos de sopro, instrumentos de corda, etc, sempre explorando os diversos timbres possiveis de serem extraídos desses recursos.

Relato de aula - 1 - Didática da prática instrumental - Flauta

Coordenação motora
- Apresentação dos nomes em roda com percussão corporal;
- Parlenda "Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu".

Concentração
- Colher flores;
- Apresentação dos nomes em roda com percussão corporal;
- Parlendas "Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu";
- História coletiva com sonorização.

Sonorização de histórias
- História coletiva com sonorização utilizando-se das partes da flauta.

Rítmica
- Apresentação dos nomes em roda com percussão corporal;
- Exploração de copos de iogurte.

Brincadeira de Roda
- Parlenda "Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu".

Técnica de flauta doce (respiração, digitação)
- Colher flores.

Improvisação
- História coletiva com sonorização utilizando-se das partes da flauta;
- Exploração de copos de iogurte;
- Parlenda "Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu".

Parâmetros do som (altura, duração, intensidade, timbre)
- História coletiva com sonorização utilizando-se das partes da flauta;
- Exploração dos sons das partes da flauta;
- Exploração de copos de iogurte.

O registro / a notação musical

Comentários sobre o texto "O registro / a notação musical", publicado no livro Música na Educação Infantil, de Teca Alencar de Brito




Algumas frases desse texto me chamaram muito a atenção:
“A escrita musical não é a própria música”.
“A notação deve ser o resultado de uma necessidade musical e pedagógica, e não o ponto de partida da iniciação musical”.
“Dessa forma, o sinal gráfico nunca será signo, o que é sua função real”.
Isso me fez questionar a atual forma de ensino de música que utilizamos na associação da qual sou coordenadora. Ensinamos música para jovens a partir dos 9 anos através de instrumentos de fanfarra, ou seja, instrumentos da família dos metais e da percussão. Apesar de colocar os alunos primeiro em contato com o instrumento e depois em contato com a notação musical, percebi que estamos valorizando sobremaneira esta última. Será que nossos alunos assimilam os símbolos musicais efetivamente como signos? O que é um signo?
Sem entrar no campo da semiótica, signo seria “sinal, marca, coisa que evoca outra”, de acordo com o Dicionário Rápido da Língua Portuguesa. Através do texto, e devido a uma análise crítica do nosso trabalho que sempre faço, venho me questionando se nossos alunos têm assimilado os símbolos musicais como signos que evocam o fazer musical. Acredito que a resposta seja: ainda não.
Sinto que faltam atividades que relacionem esses símbolos com o tempo e espaço, conceitos práticos que estão mais próximos deles. Gostei muito de duas das propostas feitas pela professora Claudia: utilizar retângulos de diferentes tamanhos para representar as figuras musicais e desenhar os sons com giz coloridos em cartolinas. O texto também fala de associar os diferentes tipos de sons (curtos, longos, em movimento, repetidos, muito fortes, muito suaves, graves, agudos) com movimentos do corpo, "numa realização intuitiva e espontânea da percepção dos sons ouvidos" [...] "expressando o que 'deu vontade'", que seria considerado como uma primeira forma de registro. Esses "gestos sonoros" seriam transformados posteriormente em representações gráficas. Quer melhor associação de notação, tempo e espaço?
Me lembrei das atividades realizadas pela professora Enny no semestre passado quando estávamos estudando Murray Shaffer, ao solicitar que criássemos uma composição em grupo baseados nos sons do ambiente, sendo que essa composição deveria ser escrita.
O texto da Teça Alencar me fez resgatar e associar esses fatores, contribuindo não apenas para o desenvolvimento de atividades para a faixa etária citada – referente à educação infantil – mas também para adolescentes e adultos.


RESUMO DO TEXTO

- Notação musical: necessidade de fixar as idéias musicais e, assim, preservá-las.
- Em sua origem, os sinais apenas sugeriam o movimento sonoro.
- A escrita musical não é a própria música.
- A sociedade valoriza sobremaneira a escrita, tendendo a desconsiderar o fazer musical.
- Dessa forma, o sinal gráfico nunca será signo, que é sua função real.
- O conceito de registro de um som (ou grupos de sons) pode começar a ser trabalhado com crianças de três anos.
- Diferentes tipos de sons podem ser traduzidos corporalmente, numa realização intuitiva e espontânea da percepção dos sons ouvidos, o que podemos considerar como uma primeira forma de registro.
- Esses gestos também podem ser transformados em desenhos.
- Desenhar o som é registrar intuitiva e espontâneamente os sons percebidos.
- O registro gráfico conscientiza as características do som.
- Segundo Koellreutter, o poder de abstração das crianças é muito grande, levando em conta que elas percebem primeiro o todo e depois o particular, os detalhes.
- Ao se propor que as crianças desenhem os sons, deve-se reforçar o fato de que elas não devem desenhar o instrumento, ou seja, a fonte sonora produtora do som, mas sim o som produzido (principalmente com as crianças menores).
- É importante que as crianças observem e comparem, sem juízo de valor, o que cada uma fez, fazendo com que elas reflitam sobre essa atividade, construindo hipóteses, que é o aspecto de maior importância.
- Mesmo que uma ou outra criança não esteja compreendendo exatamente a proposta, convém deixar que ela realize o exercício a sua maneira.
- Pode-se criar pequenas composições junto com as crianças.
- Cores: diferentes timbres.
- Tamanho do sinal: força do som.
- Pontos: sons curtos.
- Linhas: sons longos.
- Ziguezagues para sons trêmulos ou frotados.
- Para crianças a partir de 6 anos, também é possível trabalhar com a notação da forma da música (A-B-A, por exemplo).