terça-feira, 29 de março de 2011

Relato de Aula - 3 - Música e Expressão pelo Movimento

Práticas:
- Chegada;
- Espreguiçamento;
- Transferencia de peso frente/trás;
- Percutir os ossos;
- Massagem em dupla: enrolamento (socos da base da cabeça até cox) / desenrolamento da coluna (tapinhas nas costas, com mão em concha);
- Nomes com gesto e eco;
- Espelho na roda;
- Espelho em dupla / Sombra em dupla: enfase em movimentos prolongados e repentinos;
- Improvisação em grupo q/ terminou em unissono: aproximação e afastamento, niveis no espaço;
- Trilha: Bobby McFerrin



Explanação teórica sobre Laban:
"Linguas" da dança: ballet, jazz, dança do ventre, dança contemporânea
Rudolf Laban: coreologia
Aluna: Valery Preston-Dunlop, criou em 1979 a estrela.

Relato de Aula - 3 - Psicologia da Educação

Continuamos a refletir a respeito do texto de Julio Groppa, "O incerto lugar da psicologia na educação".
A professora Ruth expôs que precisamos ter embasamento científico para formular nossas opiniões, e a partir disso procurar fugir do senso comum, ou seja, questionar as "verdades" vigentes. Em contrapartida, pensadores como Julio Groppa possuem um "essencialismo teórico" (excesso teórico).

Continuando com a reflexão do texto, todos concordaram que atualmente temos uma clinicalização de tudo, não somente da psicologia! Inclusive da música, através da Arteterapia e da Musicoterapia.

Em se tratando da psicologia, na escola esta serve apenas para explicar os insucessos, os problemas, mas não para respaldar os êxitos.

Devir: aquilo que é desconhecido.
Práxis: teoria e pratica juntas.
Escola: não trabalha com a práxis, apenas teoria.
Música: possibilidade de trabalhar teoria e prática juntas!
Artista: trabalha mais com interação do consciente com o subconsciente

Problemas a serem superados: despotencialização do professor / fragmentação do ensino.

PARA PENSAR:
- Psicologia em grupo / Psicologia institucional
- "O que a sociedade quer da escola?"

Relato de Aula - 3 - Didática

Adorei! Me senti de volta no tempo, quando participei de alguns cursos no ateliê da Enny!

Trabalhamos da seguinte forma:
- Alongamento;
- Reconhecimento do corpo (sensibilização da pele);
- Relaxamento;
- Retorno;
- Escuta Musical Intuitiva, baseada no método desenvolvido pelo dançarino e coreógrafo alemão naturalizado brasileiro Rolf Gelewski (1930-1988), apresentada no seu livro "Estruturas Sonoras I".

Música utilizada:
Jean Philippe Rameau
Suite da Òpera Dardanus (1739)
"Menuet tendre en rondeau"

Através da "Escuta Musical Intuitiva", fizemos um trabalho muito interessante com as frases e subfrases de uma música, com movimentos e até vocalização.

Encontrei os livros de Gelewski a venda apenas no site da ONG CASA Sri Aurobindo, da qual o coreógrafo foi fundador.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O que é didática?

"Arte de ensinar"
(fonte: Dicionário Michaelis)

"Arte de ensinar com método os princípios de uma ciência ou as regras e preceitos de uma arte."
(fonte: Dicionário Priberam)

''1. A (boa) técnica de ensinar
2. Conjunto de conhecimentos relativos ao processo de ensinar"
(fonte: Dicionário Aulete)

''A palavra didática vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os diferentes processos de ensino e aprendizagem''.
(fonte: Wikipédia)

''A Didática é uma ciência cujo objetivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas à metodologia e das estratégias de que fazem parte do processo ensino-aprendizagem. Afinal, o professor precisa manter-se atualizado, aprendendo os melhores métodos e técnicas, a partir daí, precisa estudar a melhor forma de colocar em prática o que aprendeu, a esse fato damos o nome de didática. A didática é o que transforma a parte teórica em prática''.
(fonte: texto de Milena Queiróz Gonçalves)

terça-feira, 22 de março de 2011

PelamordeDeus! O que é anômico?!

"Estamos vivendo um momento anômico", disse a professora Ruth. "Ahãm", pensei.

Entretanto, apenas no momento em que fiz o relato dessa aula me dei conta que não faço idéia do que essa palavra significa.

Então, segue abaixo o significado para os que, como eu, pensaram "Ahãm":

A anomia é um estado de falta de objetivos e perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno. A partir do surgimento do Capitalismo, e da tomada da Razão, como forma de explicar o mundo, há um brusco rompimento com valores tradicionais, fortemente ligados à concepção religiosa.

Este termo foi cunhado por Émile Durkheim em seu livro O Suicídio. Durkheim emprega este termo para mostrar que algo na sociedade não funciona de forma harmônica. Algo desse corpo está funcionando de forma patológica ou "anomicamente." Em seu famoso estudo sobre o suicídio, Durkheim mostra que os fatores sociais - especialmente da sociedade moderna - exercem profunda influência sobre a vida dos indivíduos com comportamento suicida.

Segundo Robert King Merton, anomia significa uma incapacidade de atingir os fins culturais. Para ele, ocorre quando o insucesso em atingir metas culturais, devido à insuficiência dos meios institucionalizados, gera conduta desviante. O seu pensamento popularizou-se em 1949 graças ao seu livro: Estrutura Social e Anomia.


A teoria da anomia de Merton explica por que os membros das classes menos favorecidas cometem a maioria das infrações penais, e crimes de motivação política (terrorismos, saques, ocupações) que decorrem de uma conduta de rebeliões, bem como comportamentos de evasão como o alcoolismo e a toxicodependência.

fonte: Wikipédia


INTERESSANTÍSSIMO! Principalmente o conceito de Robert King Merton.

Para quem quiser saber mais a respeito, tem um texto ótimo no link:
http://www.webartigos.com/articles/3730/1/Anomia/pagina1.html

Entretanto, fiquei um pouco deprimida com a constatação da frase original depois de entender o significado dessa palavra...
Vou pensar um pouco mais a respeito...

Relato de Aula - 2 - Psicologia da Educação

Psicologia da educação: estudo dos fenômenos psicológicos relacionados tanto às práticas pedagógicas quanto ao objeto de estudo e o professor".

Pensadores:
Piaget:
- Grande pensador do século 20, suiço;
- Teoria: Etapismo desenvolvimentista;
- Morreu na década de 60, bem velhinho.

Lev Vigotsky:
- bem diferente do Piaget, russo.
- Morreu bem jovem;
- Trabalhou diretamente com Lenin;
- Método de ensino durante revolução russa;
- Obra a respeito do desenvolvimento cognitivo;
- Seu questionamento: "Como mergulhamos na linguagem?"
- Teoria: Zona de Desenvolvimento Proximal;
- FOCO: relação do pensamento com a linguagem

Jerome Bruner:
- 1ª e 2ª metade do século 20;
- um dos primeiros cognitivistas americanos;
- Currículo em espiral.

Esses 3 autores fazem parte das bases das diretrizes.

Outro estudioso da psicologia da educação é Phillippe Perrenoud, sociólogo suíço, um dos principais pensadores da educação moderna.

---***---

Semelhanças entre os textos "Como vai a educação brasileira?" (Otaviano Helene), "Paradoxo nativo" (Vladimir Safatle) e "O incerto lugar da psicologia na educação" (Julio Gropa Aquino):
- necessidade de motivação financeira dos professores;
- colocam governo como responsável pela situação.

Brasil: 100 anos de liberdade x 400 de escravidão.
Sendo que nesses 100 anos ainda tivemos o golpe militar e o período de ditadura. E a republica veio através do golpe militar.

Eu interpreto, através desses fatos, que o povo brasileiro é pacifico, ao ponto de muitas vezes ser acomodado, esperando que seus problemas sejam resolvidos por pessoas “mais capazes”, pois o povo não se sente capaz. Entretanto, acredito que essa situação está mudando.

“Estamos vivendo um momento anômico” (Ruth)

Relato de Aula - 2 - Didática

Enumeramos as facetas do ser humano, como ser multidimensional:
- sentidos (sensorial);
- cognitivo (intelectual);
- intuitivo (espiritual);
- afetivo (emocional);
- relacionamento (social).

INTERESSANTE, não me lembro de ter aprendido isso na escola! Mas lembro claramente de: visão, audição, olfato, tato e paladar. Fomos reduzidos a apenas cinco míseros sentidos...

Pilares que sustentam a filosofia de trabalho da professora Enny:
Transdisciplinaridade / Complexidade / Visão integrativa / Teoria crítica.
E alguns dos seus mestres: Paulo Freire e Koellreuter.

Sugestão do dia: o filme “A guerra do fogo”, como forma de refletir sobre vários aspectos do comportamento humano, pois embora o filme se concentre em torno da descoberta do fogo, não se limita em apresentar enfaticamente somente esse aspecto.

O filme retrata um período na pré-história e dois grupos de hominídeos. O primeiro, que quase não se diferencia dos macacos por não ter fala e se comunicar através de gestos e grunhidos, é pouco evoluído e acha que o fogo é algo sobrenatural por não dominarem ainda a técnica de produzi-lo; o outro grupo é mais evoluído e tem uma comunicação e hábitos mais complexos, como a habilidade de fazer o fogo.

Esses dois grupos entram em contato quando o fogo da primeira tribo é apagado em uma guerra com uma tribo hominídeos mais primitivos, que disputam pela posse do fogo e do território. Noah, Gaw e Amoukar (membros do primeiro grupo) são destacados então para uma jornada para trazer uma nova chama acesa para a tribo. Nesse caminho deparam-se com um grupo de canibais, e resgatam de lá Ika, uma mulher pertecente ao grupo mais evoluído.

Do contato com essa mulher, os três caçadores do fogo aprendem muitas coisas novas, já que ela domina um idioma muito mais elaborado que o deles, assim como domina também a técnica de produção do fogo. Levados por diversas circunstâncias a um encontro com a tribo de Ika, percebem que há uma maneira diferente de viver; observam as diferentes formas de linguagem, o sorriso, a construções de cabanas, pintura corporais, o uso de novas ferramentas, e mesmo um modo diferente de reprodução.

“O que é didática?”. O grupo responde:
- Forma de ensinar.
- Pensamento sobre como ensinar algo.
- Conjunto de procedimentos definidos a partir de um pensamento sobre como ensinar algo.

Lógica da didática: planejar, executar e avaliar.

PARA PENSAR:
Paradigma atual: mecanicista / cientificista / fragmentador.

terça-feira, 15 de março de 2011

Relato de Aula - 1 - Música e Expressão pelo Movimento

A proposta apresentada pela Professora Melina quanto à disciplina foi muito interessante. Acredito muito em unir as coisas, e no elo entre tudo o que existe.

Música e movimento, movimento e vida, música das esferas, música da vida, som é vibração, vibração é movimento, meu corpo se movimenta, meu corpo sente a vibração, meu corpo sente a música, meu corpo produz música.

Nesta aula, trabalhamos as seguintes atividades:
- Integração som/movimento.
- Reconhecimento do espaço: jogo de andar em diferentes andamentos: seu normal / acelerado / lento / andamento comum / andar e parar.
- Roda de palmas: num sentido, depois outro, aleatório com projeção de olhar, falando o próprio nome, nome do colega da direita, do colega da esquerda.
- Nome com gesto, com eco som/movimento, eco movimento.
- Gesto sonoro.
- Pesquisa de movimentos articulares.
- Espelho na roda com música (música: Cisne - O Carnaval dos Animais).

Todas essas atividades podem ser utilizadas plenamente na minha prática docente. Uma fanfarra, além do corpo musical, também possui o corpo coreográfico (expressão corporal, movimentos marciais, utilização de elementos como bandeiras coloridas) e as balizas (movimentos de jazz, ballet, ginástica artistica e ginástica ritmica), que trabalham essencialmente com movimentos corporais. Mas mesmo o grupo musical também precisa ter consciência da importância do seu corpo, não só por este estar implicado no processo de produção do som, mas também por que tem toda uma questão performática nas apresentações.

Relato de Aula - 1 - Psicologia da Educação

Na maior parte do tempo, eu não trabalho em escolas. Trabalho na ONG “Associação Amigos da Fanfarra de Caieiras” - com muito orgulho (hahá!) - que desenvolve um trabalho muito interessante com as escolas do município. Através dessa parceria, levamos o ensino de música e expressão corporal para os bairros da periferia, realizando as aulas todos os sábados de manhã utilizando o espaço da escola.

Estou envolvida com esse projeto desde 1994, mas até 2007 eu trabalhava mesmo como Analista de Sistemas, desenvolvendo e implantando programas de computador em várias indústrias. Apenas agora estou voltada integralmente para o ensino de música.

Entretanto, essa questão da “escola” sempre foi um assunto muito interessante para mim: “como está a escola?”, “críticas à escola...”, “na minha época, a escola...”, e assim por diante. Eu, particularmente, sempre gostei muito dessa instituição – exceto as aulas de Educação Física, por que eu era péssima nisso!

Uma frase da Professora Ruth me fez refletir: ela disse ironicamente “Todos entendem de escola”. Todos querem opinar/criticar esse ambiente. Mas com qual EMBASAMENTO? Com qual intenção? O que EU estou fazendo em relação a isso? Antes de tudo, é necessário saber o contexto histórico, como chegamos nessa situação. Percebo que nessas aulas iremos conversar muito sobre isso, e essa minha ânsia de “porquês” será saciada.

A professora nos expõe que até determinada época as escolas eram restritas para determinados grupos da sociedade, principalmente relacionados às igrejas e à nobreza. No século XVIII, a Revolução Francesa aparece com o ideal de uma “Escola para todos”, de forma a garantir a igualdade de direitos. Entretanto, esse “todos” não foi tão abrangente, pois apenas a burguesia foi contemplada.


No Brasil, apenas a partir da década de 70 que a educação se volta para as massas. Esse crescimento exponencial da estrutura do sistema de ensino, entre outros, causou esse caos que vivemos atualmente, onde ao final do 1º grau, de 10 crianças que terminam, apenas 2 sabem ler e escrever. E em 2011, o Brasil, o “país do futuro”, ocupa o 68º país em educação (entre 100 países).

Procurando mais informações a respeito de toda essa questão histórica, encontrei algumas preciosidades na internet... verdadeiras pérolas, como essa crítica a dois ensaístas americanos:
http://emsemicirculo.blogspot.com/2008/03/escola-pblica-no-comeou-no-sculo-xix.html

Esse texto da Professora Elisa Kerr, falando sobre a infância na Idade Média:
http://elisakerr.wordpress.com/crianca-rupestre/a-infancia-apos-a-idade-media/

E essa matéria da Revista Mundo Estranho, que explica como surgiram as primeiras escolas:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cultura/conteudo_289910.shtml

Perguntas que não querem calar: "Como nós aprendemos? Que mecanismos são acionados?"
Piaget, Vigotsky e Bruner responderam essas perguntas, cada um a seu modo.
E sobre suas teorias nós iremos nos debrussar durante esse semestre.

Relato de Aula - 1 (14/03/2011)

Sempre procurei entender como as coisas aconteceram ou acontecem. Essa curiosidade às vezes pode ser irritante!
Finalmente, me sinto a vontade para fazer todos os questionamentos que me causam essa angustia de saber os “porquês”. Os quatro professores desse semestre mostraram claramente neste primeiro contato a abertura que teremos para adentrarmos nas mais diversas discussões, esclarecer dúvidas, quebrar tabus, descobrir novos pontos de vista, expor nossas opiniões e nossas vivências.
Quero como eles quando crescer!

Realizando sonhos...

Recentemente, ouvi de uma querida professora que podemos ter vários mestres em nossas vidas.
Pois bem, um dos meus mestres, Professor Zilton Bicudo, sempre dizia que "temos que sonhar, para sempre termos o que realizar".
Meu sonho é ter uma sociedade mais sensível, educada, fraterna, sem preconceitos, gentil... enfim, mais humana.
Sonho inalcansável? Talvez, para alguns.
Eu apenas acredito que a música pode ser um caminho para esse sonho.
Eu apenas sei que ESTOU "fazendo alguma coisa (boa)" para alcançar esse sonho, juntamente com muitas outras pessoas queridas.
Confiram no site http://www.fanfarradecaieiras.org.br/.
Nesse blog, irei relatar minhas experiências com educação musical, baseadas nos conhecimentos adquiridos na Pós Graduação em Educação Musical da Faculdade Cantareira. Aliás, fazer esse curso é mais um sonho que estou realizando.

Há braços.