terça-feira, 19 de abril de 2011

Relato de Aula - 6 - Psicologia da Educação

Trabalho em grupo com a seguinte proposta:

"Um dos prazeres do artista era confundir o espectador, criar linhas e padrões ilusórios. Gostava de misturar dimensões, ignorar a gravidade. Não raro, suas correntezas seguiam rio acima, ou suas escadas perdiam o fim nas alturas. Suas paisagens conduzem o olhar do espectador para um movimento cíclico que nem sempre faz sentido. "É preciso haver certo grau de mistério, mas que não seja imediatamente aparente", disse em 1963. "Eu não consigo deixar de brincar com as nossas certezas estabelecidas. Tenho grande prazer, por exemplo, em confundir deliberadamente a segunda e a terceira dimensões, plana e espacial, e ignorar a gravidade", dizia o artista".

Com base na observação da figura "Relatividade", de Maurits Cornelis Escher e na leitura do texto acima, publicado em Carta na Escola de fevereiro, estabeleça uma breve análise crítica da teoria de Jean Piaget.



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O grupo formado foi: Cássia, Keila, Rosângela e eu.
Foi uma experiência muito interessante desenvolver essa análise, sob vários aspéctos:
- nos aprofundamos mais na obra de Jean Piaget;
- nos aprofundamos na análise da obra de Escher, sua estética e suas intenções;
- foi a primeira vez que fizemos um trabalho com esse tipo de proposta.

Primeiramente, estabelecemos pontos para fundamentar nosso texto final:
- Tudo pode ter vários pontos de vista;
- Não existe o certo e o errado absolutos;
- A necessidade da flexibilidade do professor;
- O aluno como um ser complexo;
- As etapas cognitivas propostas por Piaget são pilares norteadores para o Educador, mas não são estáticos;
- O aluno precisa caminhar por seus próprios passos: é preciso que ELE experimente;
- A necessidade de um olhar afastado por parte do Educador para uma melhor compreensão;
- A necessidade de olhar ora o todo e ora as partes;
- O professor tem que estudar e procurar aprender sempre mais para realizar um bom trabalho;
- O aspecto positivo do caos - ele é necessário para o desenvolvimento do trabalho na sala de aula com toda sua diversidade, pluralidade e “n” variantes que acontecem no dia-a-dia.

Depois estabelecemos o formato desse texto final, chegando à conclusão que poderíamos nos inspirar na própria obra de Escher, buscando uma abordagem criativa, com uma forma artística, um certo mistério, confundindo o leitor.

Acabamos por presenciar o trabalho criativo de uma poetisa: nossa querida amiga Cássia Maria, grande artísta que deu a seguinte forma à nossa análise:

Sentir pelo olhar.
E na visão o caos.
A importância representada no livre trânsito das possibilidades individuais.
O afastamento.
A distância positiva que busca enxergar o todo e o compreende.
Há de haver muito mais estímulos na comunhão, na lida em grupo,  na troca de sensações, impressões, percepções…
É preciso abastecer-se de conhecimento para transmiti-lo.
A sabedoria unida à Ciência traz a flexibilidade tão necessária às trocas nas relações.
Há diversidade e deve existir.
A complexidade do ser não cabe em gavetas, está aí,  livre, leve e solta.
Caminhar com as próprias pernas sem pular etapas.
As experiências são pessoais. Não há verdade absoluta.
É na angústia do caos que se aflora o processo criativo e a transformação.
Liberdade afinal numa busca sem fim.

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