PIAGET, Jean. O ensino das ciências. In: PIAGET, Jean. Para onde vai a educação. 2.ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1974. p. 15-25.
O modelo atual de ensino não atende às exigências e necessidades da sociedade. É, portanto, necessário realizar uma revisão dos métodos e do espírito de todo o ensino. Não apenas na didática dos ramos científicos (Matemática, Física, Química, Biologia, etc.), mas em várias questões como: o papel do professor pré-escolar, o significado real dos métodos ativos, a utilização dos conhecimentos psicológicos a cerca do desenvolvimento das crianças, e o caráter interdisciplinar.
Valorizar e trabalhar a existência de diferenças individuais de aptidão.
Muitos fracassos escolares se devem à passagem muito rápida do qualitativo (lógico) para o quantitativo (numérico).
Método ativo: pesquisa espontânea da criança ou do adolescente, exigindo-se que toda verdade a ser adquirida seja reinventada pelo aluno, ou pelo menos reconstruída e não simplesmente transmitida – o professor continua indispensável, mas ele deixa de ser apenas conferencista, estimulando a pesquisa e o esforço, ao invés de se contentar com a transmissão de soluções já prontas. Além disso, precisa estar muito bem informado a respeito das peculiaridades do desenvolvimento psicológico da criança ou do adolescente.
Psicólogos & Matemáticos: elaboração de um ensino “moderno”, que consistiria em falar à criança na sua linguagem antes de lhe impor uma outra já pronta e por demais abstrata.
Experimentação: uma experiência que não seja realizada pela própria pessoa, com plena liberdade de iniciativa, deixa de ser, por definição, uma experiência, transformando-se em simples adestramento.
“Compreender é inventar, ou reconstruir através da reinvenção” - é preciso moldar indivíduos capazes de produzir ou criar, e não apenas de repetir.
Existe ou não vantagens em acelerar a sucessão dos estágios do desenvolvimento?
Aspectos importantes:
- Exercitar a observação;
- Interdisciplinaridade.
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