segunda-feira, 26 de março de 2012

Jogos de improvisação

Comentários sobre o texto "Jogos de improvisação", publicado no livro Música na Educação Infantil, de Teca Alencar de Brito.

Há pouco tempo que venho participando de exercícios de improvisação. Apenas através das aulas no ateliê da professora Enny Parejo e das aulas na Faculdade Cantareira que tive acesso a essa linguagem.

Ainda sinto um pouco de nervosismo quando chega a "minha vez" de improvisar durante uma prática. Fico muito mais tranquila quando tenho que reproduzir algo que está escrito na partitura. Ao mesmo tempo, gosto muito de participar desses exercícios. É uma sensação de liberdade muito boa de ser sentida. Uma liberdade controlada, é fato.

Como mencionei numa postagem anterior, tenho praticado esses exercícios com meus alunos. Utilizo o formato de diálogos, que me parece mais próximo da minha compreenção, e da compreenção deles no que diz respeito à mensagem que uma música pode passar. E até mesmo para ajudar futuramente na análise de frases das músicas.

Tenho mesclado esses exercícios com o ensino convencional da notação musical. Tem surtido um resultado muito bom, tanto para dar um descanso da teoria para eles, como para formar músicos bem menos travados que a professora!



RESUMO DO TEXTO

- Improvisar, num sentido geral, implica criar respostas imediatas para as mais variadas situações da vida cotidiana.
- Para imrpovisar, é necessário articular o pensamento, as idéias e as ações; conhecer e contar com um repertório de informações a respito do assunto; estar alerta, animado, com iniciativa e criatividade para relacionar, fazer, inventar.
- Improvisar envolve uma série de capacidades, não se limitando a realizações superficiais, sem planejamento ou organização.
- Ao improvisar, o músico estabelece critérios baseados em referenciais externos e internos. Com base em suas experiências, ele seleciona o material com que irá trabalhar durante a improvisação, surgem idéias musicais que se transformam e amadurecem.
- Improvisar é um dos modos de realização musical, ao lado da interpretação e da composição.
- Independe da notação e não tem como meta a perpetuação, mas sim a comunicação imediata.
- No ensino musical acadêmico é valorizado sobremaneira o compositor e o intérprete, havendo pouquissimo espaço para a improvisação. Não é raro, ainda hoje, encontrar instrumentistas que, capazes de interpretar peças musicais complexas, sentem grande dificuldade para improvisar.
- Segundo Gainza, a improvisação é uma forma de jogo-atividade-exercício que permite projetar e absorver elementos ou alimentos musicais numa constante retroalimentação. Na improvisação existem distintos graus de intenção ou de consciência que nem sempre condicionam a qualidade do produto, já que uma improvisação - livre ou dirigida - pode ser criativa ou pobre, bem ou mal estruturada.
- A improvisação deve ser entendida como uma ferramenta pedagógica importante, que acompanha todo o processo de educação musical.
- Hans-Joaquim Koellreutter, adverte que "nada deve ser tão preparado como uma improvisação", alertando para a confusão entre improvisar e "fazer qualquer coisa" (o que ele chama de "vale-tudismo").
- Um jogo de improvisação pode trabalhar, além do desenvolvimento rítmico, por exemplo, algumas capacidades humanas, como a concentração, a autodisciplina, o trabalho em equipe, a criatividade, a memória e o senso crítico, entre outras questões.
- Por meio dos jogos de improvisação, as crianças de expressam musicalmente e dão aos educadores a oportunidade de observar e analisar como elas ouvem e percebem, como se relacionam com os materiais sonoros, se criam melodias, se mantêm um pulso regular, se exploram diferentes níveis de intensidade do som, etc.

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