segunda-feira, 2 de abril de 2012

Instrumentos como flauta, saxofone e trompete influenciam músculos do rosto e posição dos dentes das crianças e podem ajudar a tratar lábios flácidos e queixo para a frente, entre outros problemas

Comentários sobre o texto "Instrumentos como flauta, saxofone e trompete influenciam músculos do rosto e posição dos dentes das crianças e podem ajudar a tratar lábios flácidos e queixo para a frente, entre outros problemas", publicado no Jornal Folha de São Paulo no dia 15 de junho de 2006, de Flávia Mantovani.

A matéria é muito interessante, fornecendo mais informações para que nós, professores de música, possamos colaborar não somente com o aprendizado, mas também com a saúde dos nossos alunos.

Já tive vários alunos que se beneficiaram com o aprendizado de instrumentos de sopros da família dos metais: problemas de respiração, ansiedade, etc. Normalmente, problemas dentários mais me atrapalham do que ajudam, afinal, muitos bons alunos precisam parar de tocar, pelo menos por algum tempo, por conta da utilização de aparelhos ortodônticos. Nunca havia pensado que pode ocorrer o contrário: os instrumentos ajudarem a corrigir certos desvios.

RESUMO


 
Exemplo da embocadura para saxofone

- O uso de instrumentos de sopro continuamente pode ajudar a corrigir certos desvios dos músculos do rosto, que, por sua vez, influenciam a posição dos dentes, por exemplo: queixo projetado para a frente ou para trás, lábios flacidos, curtos ou separados.
- Em algumas crianças, podem ajudar a melhorar determinados desvios miofuncionais (relacionado ao funcionamento dos músculos), afirma a odontopediatra Maria Cristina Ferreira de Camargo;
- Os instrumentos de sopro fortalecem a musculatura de sustentação da mandíbula e ajudam a pessoa a treinar manter a boca fechada, diz a fonoaudióloga Irene Marchesan, diretora clinica do Cefac.
- Crianças com tendência a mordida aberta (quando os dentes não se tocam) devem evitar o clarinete, o saxofone, o oboé, o fagote e a corneta, de acordo com Camargo, já que os movimentos realizados podem piorar o afastamento entre as arcadas dentárias. Mas somente quando a pessoa já apresenta o problema e toca sistematicamente um instrumento. "Se a pessoa toca de vez em quando e não usar muita intensidade, a influência não é tão grande", pondera o dentista José Fernando Castanho Henrique, professor titular da USP.
- A interferência dos instrumentos sobre a musculatura e o crescimento ósseo ocorre apenas na infância e na pré-adolescencia. O ultimo pico de crescimento ocorre por volta dos 12, 14 anos, lembra Marchesan.
- Os instrumentos musicais podem ajudar, mas são só coadjuvantes no tratamento. É preciso analisar cada caso individualmente.

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